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75% dos afastamentos de bancários da CEF são para tratamento de doenças mentais e comportamentais

Imagem ilustrativa. Foto: rawpixel.com/freepik.com

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Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que 75,4% dos motivos de afastamentos acidentários (B91) de bancários da Caixa Econômica Federal (CEF) são para tratamento de doenças mentais e comportamentais.

Os números foram apresentados durante a quarta mesa de negociações entre o movimento sindical e a direção do banco público referentes à Campanha Salarial dos Bancários de 2024 para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), realizada na última sexta-feira, 26 de julho. O tema do encontro foi “Saúde e condições de trabalho”.

Na reunião, a CEF afirmou que todos os funcionários que foram cobrados, inclusive no Saúde Caixa, por qualquer tratamento de doença relacionada ao trabalho (B91), devem pedir o ressarcimento. O banco se comprometeu a apresentar dados específicos sobre o tema em próxima reunião

Funcionários do banco sofrem diariamente com políticas adoecedoras de cobrança de metas e incentivo a competição interna entre os trabalhadores, fazendo com que o foco do banco público se distancie do seu papel social e se volte apenas para a obtenção de lucros.

Sobre essa questão, a Caixa se comprometeu a não realizar mais feedbacks com caráter punitivo e dará retornos apenas com a ideia de contribuir para com o desenvolvimento dos funcionários.

Fim do teto

Na reunião, foi debatido o fim do teto de 6,5% da folha de pagamentos de gastos da Caixa com saúde dos bancários. A partir de uma leitura incorreta do CPC-33, que limita os gastos de empresas de economia aberta com a saúde de seus funcionários, foi inserido no estatuto do banco um teto de gastos.

No entanto, a CEF não se enquadra no perfil de “empresa de economia aberta” já que não possui ações na bolsa de valores. Portanto, o movimento sindical destaca que não há obrigação de se enquadrar ao código.

A Caixa afirmou que realizará reunião para tratar das questões específicas do Saúde Caixa na terça-feira, 30 de julho.

Gipes

O banco público afirmou que divulgou os nomes dos trabalhadores responsáveis pelas Gerências de Filial de Gestão de Pessoas (Gipes), que voltarão a funcionar na próxima segunda-feira, 5 de agosto, após terem sido extintas em 2021.

Pedro Guimarães

O movimento sindical cobrou, mais uma vez, resposta em relação às acusações sobre Pedro Guimarães, ex-presidente do banco acusado de assédio sexual. Dois anos após as denúncias, nenhuma punição foi aplicada. A impunidade pode desencorajar novas denúncias e, assim, beneficiar os assediadores.

PCMSO

Foi solicitado o credenciamento de mais médicos e clínicas de saúde junto ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) para ampliar os atendimentos.

Equacionamento

Ainda durante o encontro, o movimento sindical entregou propostas para o equacionamento do déficit do plano REG/Replan, da Funcef, e pediu a criação de grupo de negociação entre a Caixa, a Funcef e os representantes dos bancários. Ou seja, como já foi dito para a FNOB em reunião, nada será resolvido sobre o tema durante a Campanha Salarial de 2024.

Calendário de reuniões com a Caixa
7 de agosto – Tema em definição
14 de agosto – Tema em definição
21 de agosto – Tema em definição
28 de agosto – Tema em definição
1 de setembro – Data-base da categoria

Ascom/FNOB

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