O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB), recebeu denúncias de que a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) está dificultando o acesso a procedimentos, tratamentos e medicamentos controlados de beneficiários. Burocracias excessivas e demora em responder solicitações e autorizar procedimentos têm prejudicado bancários e dependentes.

No mês passado, a entidade recebeu três denúncias sobre essa situação. Em uma delas, a Cassi não autorizou um procedimento de uma senhora com paralisia cerebral (PC). Diante da necessidade emergencial e risco do caso, os familiares tiveram que arcar com as despesas médicas para realizar o procedimento, desembolsando aproximadamente R$ 6 mil.

Já na segunda denúncia, uma bancária que possui um filho com doença rara e que faz acompanhamento em outra cidade também enfrenta problemas com a demora do plano em dar respostas às solicitações, gerando angústia e revolta.

Em outro caso, a Cassi recusou o pedido de medicação controlada de um beneficiário que possui doença crônica – condição de longa duração que geralmente progride ao longo do tempo – sob a justificativa de que era obrigatório apresentar um “relatório médico”. O paciente já possui diversas prescrições médicas que descrevem a necessidade do medicamento por uso contínuo mas, com esse entrave, terá que providenciar novamente mais um relatório.

O Sindicato recebe reclamações frequentes sobre a Cassi. Mas, coincidentemente, elas se agravaram após a posse da nova diretoria, em junho deste ano.

A FNOB repudia a conduta da Cassi e já está apurando as situações. O impacto dessas restrições e a demora para análise de pedidos colocam em risco a saúde e o bem-estar dos usuários, que dependem dos procedimentos, tratamentos e medicamentos para manter a estabilidade de suas doenças. A ausência ou interrupção dessas medidas podem levar a complicações graves e até mesmo à morte!