Faltando menos de 30 dias para a data-base da categoria bancária, marcada para 1 de setembro, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) segue sem apresentar proposta de reajuste salarial e demais cláusulas.
A Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) entende que conduta dos banqueiros e a inércia da Contraf-CUT diante de tamanha enrolação, infelizmente, não é novidade. Por isso, a mobilização coletiva precisa ser fortalecida e o início da greve deve ser decidido independentemente da convocação da Contraf.
Encontro
Nos dias 27 e 28 de julho, em Brasília (DF), integrantes da FNOB e da oposição sindical participaram do Encontro Nacional sobre a Campanha Salarial da categoria.
Ao final do evento, os participantes escreveram uma carta aos bancários, ressaltando a importância da campanha e de todos lutarem pela garantia de direitos e reajuste digno.
“A campanha salarial é quando podemos inverter ou pelo menos melhorar essa situação. É o momento de expressarmos nossa força coletiva. Os bancários unidos podem parar o sistema financeiro do país. Foi assim que conquistamos as seis horas de trabalho, os vales refeição e alimentação, entre outros direitos”, diz trecho da carta.
A necessidade do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) voltar a ser firmado anualmente, assim como era feito antes da Contraf-CUT aceitar a proposta indecente dos banqueiros de negociar somente de dois em dois anos, também foi reforçada. Os participantes do Encontro declararam que o “acordo bianual enfraqueceu a luta coletiva, trazendo a categoria a uma apatia e afastamento em relação ao seu próprio movimento”.