A agência do Banco do Brasil localizada na praça Rui Barbosa, no Centro de Bauru, tem registrado aglomerações e filas extensas nas últimas semanas. Apesar da agência apresentar grande fluxo de pessoas habitualmente, a situação foi agravada após o fechamento da agência Virgílio Malta, em decorrência da reestruturação no banco.
Com a alta demanda de atendimento, os bancários da agência estão extremamente sobrecarregados, já que além de atender os seus clientes e os novos – oriundos da Virgílio Malta -, estão desde o início da pandemia se desdobrando para atender o público com um quadro reduzido de funcionários, por conta de alguns estarem em home office e por o banco não ter reposto as vagas de cinco trabalhadores que saíram no Programa de Adequação de Quadros (PAQ).
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB) entrará em contato com a Regional do banco e com a Superintendência responsável pela agência para que esse problema seja urgentemente solucionado. É inaceitável que os trabalhadores paguem o preço da reestruturação no banco e do fechamento da agência Virgílio, sendo sobrecarregados e tendo que enfrentar aglomerações de clientes em plena pandemia de coronavírus.
A entidade também irá realizar um ato público na próxima semana, denunciando à população o descaso do banco, humanizando os trabalhadores que estão sofrendo com tamanha sobrecarga de trabalho e expondo o risco de contaminação nas agências bancárias.
Enquanto isso…
No mês passado, Fausto Ribeiro, novo presidente do Banco do Brasil, foi contestado – antes mesmo de assumir o cargo – por conta dos diretores do banco aumentarem seus próprios salários em 28%, sem qualquer interferência dos Conselheiros de Administração. Além disso, os diretores também aprovaram a possibilidade da própria continuidade no cargo em caso de aposentadoria.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudia a grave postura dos diretores do BB, que às custas do banco público e da reestruturação que reduziu 5.000 postos de trabalho e fechou 160 agências, aumentaram seus próprios salários. Enquanto milhares de bancários tiveram redução salarial devido a reestruturação e muitos tentam concorrer aos cargos disponíveis para fugir dessa perda, os diretores do banco fazem a “farra”, tomando essa atitude desonesta. Além disso, é inaceitável que os Conselheiros de Administração do banco permitam esse aumento sem questionar o impacto para as finanças do banco, que tanto falou em economizar. Absurdo!