Com o objetivo de garantir reposições justas aos bancários e bancárias do País, a Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) já definiu as pautas alternativas da Campanha Salarial 2024 que serão apresentadas à Fenaban, Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF), Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste (BNB). Lembrando que a data-base é 1 de setembro deste ano.
Os principais eixos da Convenção Coletiva e Acordos Aditivos aprovados pelos trabalhadores durante assembleias realizadas pelos sindicatos ligados à FNOB na quarta-feira, 5 de junho, são: mais empregos; reposição das perdas salariais; fim dos acordos bianuais; PLR Linear de 25% do lucro líquido para todos; fim do assédio e das metas; e melhores condições de trabalho.
Os termos foram discutidos durante o XX Encontro da FNOB, realizado em 25 e 26 de maio, em São Luís, no Maranhão. Agora, as pautas serão entregues à Fenaban e bancos públicos até a segunda quinzena deste mês de junho.
É momento de mobilização histórica na categoria. Temos que reaver os vários direitos perdidos nas campanhas passadas, enfraquecidas pelos acordos bianuais promovidos pela Contraf-CUT!
Reivindicações à Fenaban
- Reposição das perdas salariais – Todos os bancos têm perdas, ou seja, não é possível falar em ganho real;
- Acordo anual – O último acordo durou dois anos. Negociação tem que ser anual para garantir reposição real;
- Vales no valor do salário mínimo – Com a inflação, o poder de compra dos vales-alimentação e vales-refeição se deteriorou. Queremos os vales no valor do salário mínimo (R$ 1.640,00 – cada);
- PLR linear – Defendemos que 25% dos lucros líquidos sejam divididos igualmente entre todos os bancários, sem distinção de cargos, já que todos os trabalhadores têm responsabilidade na construção dos lucros;
- Plano de carreira, cargos e salários – Os bancos privados têm condições de implementar planos de carreira, cargos e salários, valorizando os funcionários por tempo de serviço e oferecendo promoções baseadas em avaliações objetivas. Nos bancos públicos, os critérios têm que ser mais claros;
- Fim das metas e assédio;
- Dois turnos de trabalho e sem expediente aos sábados – Defendemos a contratação de mais bancários e a criação de dois turnos de trabalho. Sábado é dia de descanso;
- Fim da terceirização e precarização;
- Contra a privatização dos bancos públicos!
Leia na íntegra aqui.
Pauta da Caixa Econômica Federal
- Contratação de um número maior de aprovados – A quantidade de vagas abertas no novo concurso é completamente insuficiente, diante da alta necessidade de contratações nas agências;
- Extinção da GDP – Exigimos a extinção da GDP e que seja feita uma discussão dos objetivos dos empregados de uma forma realmente democrática e com a participação efetiva dos trabalhadores, sem estipular metas obrigatórias de vendas;
- Manter penhor exclusivo – Manter o penhor exclusivo na CEF, defendendo que o banco é o único 100% público;
- Barrar o acordo do Saúde Caixa – Por fim à implementação unilateral do Acordo Coletivo de Trabalho do Saúde Caixa. Basta de reajustes abusivos;
- Não à privatização da Caixa e de suas subsidiárias;
- Equiparação de direitos dos funcionários novos com os antigos;
- Efetivação de todos os caixas e tesoureiros.
Leia na íntegra aqui.
Reivindicações ao Banco do Brasil
- Atualização do plano de cargos e salários;
- Extinção da normativa 369 – Prevê perda de função após 90 dias de afastamento por doença;
- Fim do PSO com revisão das funções dos empregados;
- Ampliação das substituições remuneradas;
- Cassi e Previ para todos;
- Revogar normativa 376 que invalida alguns atestados;
- Regras mensuráveis para recebimento de PDG (Programa de Desempenho Gratificado).
Leia na íntegra aqui.
Pauta aos bancos privados (Fenaban)
- Adicional de 25% de transferência;
- Reembolso mudança quando bancário for demitido fora de sua cidade de origem;
- Retomada dos itens de segurança bancária;
- Retorno do vale cultura de R$ 300,00;
- Obrigatoriedade do exame demissional até a homologação.