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Bancários do BB paralisam atividades contra a reestruturação

02/02/2021

Bancos: Banco do Brasil

Ato do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região em frente à Superintendência Regional, em Bauru, contra a reestruturação do BB, em janeiro de 2021. Foto: SEEB-Bauru/Reprodução

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No dia 29 de janeiro, bancários do Banco do Brasil paralisaram, nacionalmente, suas atividades em protesto contra a reestruturação da instituição. Em Bauru e região, caixas e escriturários também aderiram à paralisação e junto com o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, organizaram um ato em frente à Regional do banco, na rua 1º de Agosto.

O Banco do Brasil, por sua vez, mandou os funcionários que já estavam dentro das agências, abrirem as portas para atendimento ao público, mesmo com o quadro reduzido de trabalhadores devido a paralisação. Durante o ato, o banco chegou a solicitar ao Sindicato para que fosse retirada a faixa de protesto com os dizeres “Pela manutenção da função e atividade de caixa nas agências do BB!”, mas a entidade não atendeu ao pedido da instituição, que tinha como objetivo esconder da população e imprensa a extinção do cargo.

Da base sindical da entidade, bancários das seguintes cidades aderiram à paralisação: Bauru, Avaí, Piraju, Iacanga, Arealva, Agudos e Fartura.

No dia 11, o Banco do Brasil anunciou uma nova reestruturação na instituição, com planos de desligamento voluntário e fechamento de agências, escritórios e Postos de Atendimento (PA). Nessa reestruturação serão desativadas 361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 PA; cerca de 5 mil funcionários serão desligados; haverá uma série de mudanças nas carreiras do banco, como a extinção das funções de escriturário e de caixa; trabalhadores serão descomissionados e ameaçados com transferências arbitrárias e haverá alterações no plano de saúde sem qualquer consulta aos associados.

Em Bauru, a agência da Virgílio Malta, no Centro da cidade, será fechada e a agência do Mary Dota será transformada em Posto de Atendimento Avançado (PAA), com limites de atendimento à população; serão extintos os cargos de caixa efetivo, ou seja, não haverá mais funcionários disponíveis integralmente para atender os clientes nos caixas; 48 funcionários ficarão sem postos de trabalho, correndo risco de serem transferidos para outras cidades; e 4 gerentes do Escritório Leve do banco, se tornaram “excedentes”, mesmo com o local em expansão.

Ao longo do mês, o Sindicato tem realizado uma série de manifestações em defesa dos direitos dos trabalhadores do BB e tem alertado a população sobre as consequências e prejuízos desse desmonte aos clientes e usuários do banco, já que eles terão que enfrentar filas cada vez maiores devido a redução de agências e o tempo de espera para atendimento também irá aumentar drasticamente.

A entidade ressalta que os funcionários do Banco do Brasil estão amedrontados com a medida e já prevê novos casos de adoecimento na categoria devido a sobrecarga de trabalho e a precarização pós-reestruturação.

Desde o início da reestruturação, o BB não negociou com o movimento sindical sobre o fechamento de unidades e o fim da função de caixa. Por isso, ao longo dos próximos dias, as manifestações irão continuar para que o banco perceba a importância de dialogar com os seus próprios trabalhadores e com os representantes sindicais.

Confira todos os registros do protesto, clique aqui.

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