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Banco do Brasil nega eliminar teto da PLR

Atualizada em 20/08/2024

Fachada da sede do Banco do Brasil, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Na 7ª mesa de negociação da Campanha Salarial 2024, realizada entre o movimento sindical e representantes do Banco do Brasil, o banco negou a possibilidade de tirar o atual teto de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos bancários. A reunião ocorreu nesta quarta-feira, 14 de agosto. A data-base da categoria é 1 de setembro.

No Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) mais recente, foi estabelecido que os funcionários do BB poderiam receber até seis salários de PLR por ano, ou três por semestre. No entanto, como o banco vem aumentando seus lucros exponencialmente, grande parte dos funcionários já estão recebendo o teto – e o valor excedente está ficando para os banqueiros.

Por isso, o movimento sindical defende a eliminação deste teto para que o lucro seja distribuído linearmente entre os funcionários – que são os maiores responsáveis pelos ganhos da instituição financeira.

De acordo com a Contraf-CUT, na reunião, as respostas dadas pelo banco às reivindicações da categoria foram insuficientes e frustrantes.

→ Banco de horas

Além da negativa quanto ao teto de PLR, o BB também não quer anistiar todos os trabalhadores que estão com o banco de horas negativo por conta dos dias não trabalhados durante a pandemia da Covid-19.

Segundo dados apresentados na reunião, 5.233 funcionários estão com horas negativas. Desses, 4.707 têm saldo devedor de até 360 horas, possível de ser pago até o prazo limite estabelecido pelo BB, de 25 de maio de 2025.

Outros 566 bancários, porém, têm cenário mais complicado, com média de 1.034 horas negativas. Entre eles, 239 (quase metade) possui mais de 60 anos.

O BB ofereceu zerar o banco de horas de pessoas com mais de 60 anos, de pais e responsáveis de pessoas com deficiência e com redução na jornada de trabalho, além da criação de um programa de incentivo aos trabalhadores restantes para pagamento das horas devidas.

O movimento sindical, contudo, defende a anistia de todos os funcionários nesse quesito.

→ Desconexão

Em relação à desconexão dos funcionários – que são acionados 24 horas por dia em seus WhatsApps particulares -, o banco propôs implementar o uso da plataforma Slack (aplicativo de mensagens para empresas) para controle de jornada e salvamento de conversas. Assim, o uso do WhatsApp para assuntos de trabalho seria proibido entre os trabalhadores do BB.

→ Revisão de cargos

Uma das demandas apresentadas pelo movimento sindical foi em relação à revisão da descrição dos cargos. O banco alegou que ainda não deu devolutiva pois o assunto ainda está sob debate interno.

Também foi abordado um posicionamento sobre planos de cargos, salários e Performa. Uma das reivindicações é o fim do programa e a volta dos parâmetros de remuneração anteriores à criação do modelo em 2020, de forma retroativa.

→ Metas

Mais uma vez, foi pedido posicionamento quanto ao fim das metas abusivas, principalmente na rede varejo, com a alta cobrança por venda.

→ Saúde e previdência

Outro assunto ainda sem definição é a situação da saúde e previdência dos trabalhadores incorporados ao BB, além do pedido para a reposição dos funcionários após o desmonte promovido pelos últimos governos federais e ampliação da licença parentalidade.

→ Anúncio de migração

Por fim, os representantes do BB anunciaram que todos os funcionários da rede, agências e escritórios serão migrados para a nova plataforma digital de concorrência a partir de quinta-feira, 15 de agosto.

A nova plataforma será a DIGITAO, que permite mais transparência nos processos de concorrência e ascensão. A antiga, chamada TAO, está obsoleta.

A próxima reunião está marcada para quinta-feira, 22 de agosto.

Ascom/FNOB

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