Pesquisas elaboradas por entidades do setor financeiro do Brasil apontam que o Banrisul tende a ser o principal banco afetado pela catástrofe relacionada às enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo relatório do Bradesco BBI, o impacto sobre o lucro da instituição
sediada no estado pode chegar a 16,1% nos próximos 12 meses.
A previsão é negativa porque cerca de 98% dos empréstimos do Banrisul estão concentrados no RS, o que expõe o banco a um alto risco. Inclusive o prédio sede da instituição está localizado em uma área inundada, no Centro de Porto Alegre.
Para a Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB), nesses momentos se destaca a importância de um banco público para a população, onde a prioridade não deve ser o lucro, mas sim a prestação de serviço à população e, agora, o auxílio financeiro às vítimas dessa tragédia. A instituição, inclusive, precisará desempenhar importante papel em potenciais programas de crédito emergencial aos moradores do estado afetados pelas enchentes.
O relatório JPMOrgan, por outro lado, ressalta que ainda não é possível afirmar com precisão qual será o impacto do momento. Ainda destaca que a análise final dependerá de programas de ajuda (ou seja, poderiam aliviar as provisões, mas impactar o NII, ou margem financeira), apoio do Governo Federal, carteira colateralizada geral do Banrisul, seguros potenciais, entre outros.