Um funcionário do Banco do Brasil recebeu uma advertência após comentar em uma notícia publicada na rede interna da instituição. Além de ser repreendido, o trabalhador teve o comentário excluído. De acordo com o BB, o conteúdo estava “em desacordo com o código de ética e/ou na IN 513”.

A notícia tratava sobre a nova reestruturação. Em seu comentário, o trabalhador criticou a medida, expondo preocupações legítimas sobre os impactos das mudanças para os funcionários.

Na advertência, o BB declara que “atua com base em princípios valiosos para a sociedade, onde o diálogo aberto é peça fundamental para fortalecer a cultura organizacional, por meio da diversidade de ideias e opiniões”. No entanto, para a Frente Nacional de Oposição Bancária, na prática, esse discurso é bem diferente, afinal, ao invés de promover o diálogo e ouvir as demandas de seus funcionários, o banco tem optado por silenciar a insatisfação dos trabalhadores, desrespeitando o direito de liberdade de expressão.

A FNOB considera inaceitável que uma instituição pública como o Banco do Brasil, que deveria ser exemplo de transparência e democracia, recorra a práticas autoritárias que visam calar seus funcionários. A reestruturação em curso já gera insegurança e instabilidade, e a tentativa de suprimir o debate só agrava a situação.