Em 3 de fevereiro do ano passado, o Banco do Brasil comunicou ao movimento sindical uma série de alterações nas carreiras, remunerações, premiações e avaliações de desempenho. Uma dessas alterações consistia em estender a todos os funcionários a possibilidade de obter algum ganho por meio do Programa de Desempenho Gratificado (PDG), que antes era apenas para os lotados na rede de atendimento. Segundo o banco, a extensão do PDG seria aplicada a partir do segundo semestre.
Normalmente, os valores do programa eram pagos na segunda metade de fevereiro — em 2019, por exemplo, foram pagos no dia 18, e em 2020, no dia 21. Só que agora, em 2021, o BB só pagou o PDG em 1º de abril, depois de ter desligado os mais de 5,5 mil funcionários que aderiram ao Programa de Desligamento Extraordinário (PDE) ou ao Programa de Adequação de Quadros (PAQ), lançados no começo do ano.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB) recebeu uma denúncia segundo a qual esses funcionários desligados ficaram de fora do pagamento do programa, cujos valores referem-se ao desempenho no segundo semestre do ano passado. A entidade estuda a viabilidade de uma medida jurídica contra o BB, pois suspeita que o banco segurou o pagamento para não ter pagar quem já não é mais funcionário.
Se você é um dos que foram desligados recentemente e não recebeu o pagamento do PDG, contate o Sindicato.
Ação contra redução das comissões
O Sindicato lembra que, ao mesmo tempo em que o BB ampliou o PDG, reduziu o valor das comissões, inclusive de quem já era comissionado — segundo o banco, a remuneração fixa para as funções comissionadas eram “superiores às praticadas pelo mercado”. O Sindicato acionou a Justiça contra essa redução e já obteve uma vitória na primeira instância.