Em seu blog no site do Correio Braziliense, o jornalista Vicente Nunes informou no dia 4 que quase 5 mil funcionários já aderiram ao programa de demissão voluntária do Banco do Brasil, que se encerra na sexta-feira (5). Era essa a meta do BB.
Conta o repórter: “Diante das vantagens oferecidas pelo banco, muitos funcionários, que estão próximos da aposentadoria, preferiram aderir ao PDV. Eles acreditam que há boas perspectivas no mercado e não veem vantagens de continuarem no BB por falta de perspectivas.”
Paulo Tonon, funcionário do BB e diretor do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, concorda em parte com o diagnóstico. Para ele, a alta adesão ao PDV está relacionada à atual política da instituição, que faz com que os funcionários aceitem qualquer “trocado” para sair do banco.
“Mesmo durante a pandemia, o BB continua cobrando metas impossíveis e, ainda, ninguém se esqueceu do episódio da convocação, para o retorno ao trabalho presencial, dos funcionários que coabitam com pessoas do grupo de risco”, lembra o diretor.
Depois dos funcionários é a vez das agências
Encerrado o PDV, o Banco do Brasil vai se dedicar a fechar locais de trabalho, também informou o jornalista Vicente Nunes. “Esse processo, porém, exige mais tempo, pois deve seguir uma série de burocracias, como afixar placas nos locais 30 dias antes do encerramento das operações e realocar a clientela.”
A ideia do BB é fechar 361 unidades, sendo 112 agências, 242 postos de atendimento e 7 escritórios. Isso deve ocorrer entre os meses de fevereiro e junho.
Com o PDV e a redução de sua estrutura de atendimento física, o banco pretende economizar R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.
Por ora, no entanto, o BB está proibido de dar prosseguimento ao plano, visto que o Sindicato dos Bancários do Maranhão obteve uma liminar que impede o fechamento de qualquer unidade do BB em todo o território nacional “enquanto perdurarem as medidas para enfrentamento da pandemia”.