Jair Bolsonaro indicou o atual ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), André Luiz de Almeida Mendonça, para a vaga aberta no STF (Supremo Tribunal Federal). A indicação foi formalizada no Diário Oficial da União desta terça-feira (13).
Mendonça é advogado, pastor presbiteriano e forte aliado de Bolsonaro. Durante sua posse como ministro da Justiça e Segurança Pública, André se definiu como um “líder e também servo” do governo, prestou continência ao presidente, disparou elogios à sua gestão e pessoa, e o chamou de “profeta no combate à criminalidade”. Desde o início de sua participação na AGU, o ministro tem influenciado na instauração de diversos inquéritos contra críticos de Bolsonaro, através da Lei de Segurança Nacional.
Apesar da indicação à vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) aberta pela aposentadoria de Marco Aurélio Mello, para chegar no cargo Mendonça terá que ser sabatinado e aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado; e aprovado pelo plenário da Casa.
“Com a submissão de meu nome ao Senado Federal, agradeço a Deus pela vida e por essa possibilidade de servir meu país; à minha família, pelo amor recíproco; ao presidente Jair Bolsonaro, pela confiança; aos líderes evangélicos, parlamentares, amigos e todos que têm me apoiado” publicou o ministro da AGU em seu Twitter.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB), a indicação de Bolsonaro é repleta de interesses pessoais e eleitorais, visto que Mendonça seria um aliado do governo no Supremo e um representante “terrivelmente evangélico” no STF, o que ajudaria a barrar pautas não conservadoras e agradaria a bancada evangélica e os bolsonaristas adeptos da religião.
A entidade espera que o Senado barre a nomeação. Um Advogado-Geral da União que já usou a Lei de Segurança Nacional contra opositores do Bolsonaro não está pronto para ser um guardião da Constituição, assim como deve ser um ministro do STF. Basta de retrocesso e perseguição!