Em reunião realizada no dia 10, com o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, o Bradesco afirmou que não haverá mais demissões em massa nas cidades abrangidas pela entidade.
Com o objetivo de pleitear que o banco reveja seu posicionamento quanto as demissões e que também contrate mais funcionários para agências com problemas crônicos de sobrecarga de trabalho, como em Lençóis Paulista e na agência 0013, em Bauru, diretores do Sindicato se reuniram por videoconferência com a relações sindicais do banco, que afirmou que o banco voltou “a vida normal” e que agora acontecerão apenas “demissões pontuais”.
O banco demitiu 15 trabalhadores na região de Bauru nas últimas semanas e fechou 4.341 postos de trabalho em todo o Brasil nos 12 meses encerrados em setembro, sendo que, destes, 1.178 foram extintos somente no terceiro trimestre.
Tentando se justificar, o banco alegou durante a reunião com o Sindicato que cumpriu sua palavra sobre não demitir durante um período da pandemia do novo coronavírus, participando do movimento “Não Demita”, onde diversas empresas se comprometeram a não dispensar nenhum funcionário até (apenas) o dia 31 de maio.
O Sindicato ressalta que continuará acompanhando os passos do banco e não aceitará uma nova onda de demissões em massa e de desligamentos sem justa causa.
Fim da cobrança nos celulares particulares
O Sindicato também exigiu o fim da cobrança de metas nos celulares particulares dos bancários e das metas abusivas nos aparelhos coorporativos. Sobre o tema, o banco alegou que desconhece a prática ilegal, já que a maioria dos trabalhadores receberam celulares coorporativos durante a pandemia.
No entanto, a entidade destacou que recebeu denúncias que comprovam a prática proibida pela Convenção Coletiva da categoria (cláusula 39 da CCT 2018-2020).
Participaram da reunião virtual com o Bradesco, os diretores do Sindicato, Mariene (funcionária do banco), Michele, Priscila, Tonon e Roberval e Marcelo (representando a região).