Nos últimos dias, o Bradesco, mais uma vez, contribuiu para o aumento do desemprego no Brasil, demitindo sem justa causa um bancário de Duartina, um de Santa Cruz do Rio Pardo, e outro de Bauru.
Na sexta-feira (30), um bancário que trabalhava na agência de Duartina foi surpreendido ao ser comunicado sobre sua demissão. O trabalhador atuava no banco há 6 anos, na função de caixa, contudo, também exercia outras atividades.
Já nesta semana, na terça-feira (4), o Bradesco deu continuidade aos desligamentos, demitindo um bancário de Santa Cruz do Rio Pardo, que era supervisor administrativo e estava há 24 anos no banco.
Além desses, hoje (6), também inesperadamente, uma gerente PF da agência do Bradesco localizada na Avenida Nações Unidas, em Bauru, recebeu a notícia de desligamento. A bancária tinha 19 anos de banco e estava em home office desde o início da pandemia por conta de ser diabética, integrando assim, o grupo de risco da Covid-19.
Basta!
Desde meados do ano passado, o Bradesco tem demitido em massa seus funcionários, desonrando o compromisso, assumido publicamente, de não demitir durante a pandemia.
Enquanto milhares de setores sofrem com os prejuízos da crise sanitária e econômica, e 14,4 milhões de pessoas estão na fila por um trabalho no país, os bancos seguem mantendo lucros bilionários. Em 2020, mesmo registrando lucro contábil de R$ 16,546 bilhões e ganhando 2,2 milhões de correntistas, o Bradesco eliminou 7.754 postos de trabalho e fechou 1.083 agências.
Do início da pandemia de coronavírus até hoje, 27 trabalhadores já foram descartados pelo Bradesco em Bauru e região.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB), essas demissões imotivadas continuam sendo inaceitáveis e precisam ser barradas pela Justiça.
Apesar da liminar, conquistada pela entidade, que proibia o Bradesco de demitir empregados sem justa causa durante a pandemia e ordenava a reintegração dos trabalhadores já dispensados ser supensa, o Sindicato irá informar à Justiça as novas demissões ocorridas no banco. Essa situação não pode ter continuidade! Chega!