O Bradesco divulgou na manhã de hoje, 29, os resultados do terceiro trimestre. No acumulado do ano, o banco obteve um lucro líquido recorrente de R$ 12,657 bilhões, 34,2% menor que o do mesmo período de 2019. O lucro líquido contábil, que inclui os eventos extraordinários, foi de R$ 11,082 bilhões, 37,4% menor.
No trimestre, o lucro recorrente foi de R$ 5,031 bilhões, superando — e muito — a expectativa dos analistas de mercado, que previam ganhos da ordem de R$ 4,53 bilhões.
As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) somam R$ 21.186 bilhões nos nove primeiros meses do ano, tendo crescido 103,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Quanto ao número de postos de trabalho, ao final de setembro do ano passado, o Bradesco tinha 99.272 funcionários e 14.962 contratados e estagiários. Passados 12 meses, esses números caíram para 95.934 e 13.959. Ou seja: o banco emprega, hoje, 4.341 pessoas a menos.
Ao mesmo tempo, o número de agências caiu de 4.567 para 3.795 (772 a menos), enquanto o número de PAs cresceu de 3.891 para 4.529 (638 a mais).
De acordo com o relatório, levando-se em consideração apenas o terceiro trimestre, o Bradesco fechou 1.178 postos de trabalho, sendo 853 de funcionários e 325 de contratados e estagiários.
Para a diretoria do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligada à FNOB, apesar dos lucros terem caído por conta da pandemia, eles ainda são gigantescos. Nada justifica a quantidade de demissões que o Bradesco vem promovendo neste período de crise, quando poderia estar contribuindo para a sociedade, e não ajudando a piorar a situação.