A Caixa Econômica Federal e os Correios divulgaram nesta segunda-feira, 25 de março, mais detalhes sobre o compartilhamento das estruturas, processos e serviços de suas agências, a fim de facilitar o acesso da população a produtos financeiros e postais. A ideia segundo o presidente da CEF, Carlos Vieira, é que a integração já esteja implementada em todas as cidades do País até o final de 2024.
Isso significa que serviços tradicionalmente oferecidos pela Caixa, além do PIS (Programa de Integração Social), o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviços) e o seguro-desemprego também estarão disponíveis nas unidades dos Correios. Em troca, o cidadão poderá postar e retirar encomendas em pontos de coleta instalados nas casas lotéricas.
O acordo também prevê que funcionários da Caixa realizem atendimentos presenciais ou virtuais em espaços nas unidades dos Correios. Os clientes da CEF poderão receber atendimento por videoconferência para os seguintes serviços: atualização cadastral; desbloqueio de senhas; consulta e autorização de saque de benefícios sociais (como o Bolsa Família); e orientações sobre o abono salarial, o seguro-desemprego, o FGTS e o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
“Ao adotarem a estratégia de compartilhamento de imóveis, a Caixa e os Correios não apenas ampliam suas ofertas de serviços públicos à população, mas também otimizam despesas e impulsionam investimentos em infraestrutura predial por meio da recuperação de propriedades”, afirma a CEF, em nota oficial divulgada à imprensa.
A FNOB (Frente Nacional de Oposição Bancária), no entanto, acompanha com apreensão as mudanças anunciadas, diante da possível precarização do serviço ofertado pelo banco e com o risco de quebra do sigilo bancário dos clientes.
A FNOB ainda espera que o compartilhamento dos serviços das estatais não seja usado como desculpa para uma futura diminuição da rede de agências da Caixa no País.