A Caixa Econômica Federal divulgou nesta quinta-feira (18) os resultados referentes a 2020. O lucro líquido, de R$ 13,169 bilhões, foi 37,5% menor que o de 2019. Entretanto, o lucro do quarto trimestre isolado, de R$ 5,671 bilhões, cresceu 15,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
As despesas com provisões para devedores duvidosos totalizaram R$ 11,135 bilhões, tendo crescido 3,4% em relação a 2019. Já o índice de inadimplência caiu 1,34 p.p., de 2,17% para 1,73%.
Em 2020, a Caixa ainda fechou 2.611 vagas de emprego e 3.577 vagas de estágio. Nesse tempo, ganhou 42,574 milhões de clientes. Traduzindo: a sobrecarga de trabalho aumentou brutalmente!
Enquanto isso, o banco fechou uma agência e abriu 41 postos de atendimento (PA). O número de correspondentes “Caixa Aqui” subiu de 8.190 para 8.810.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, apesar da pandemia e da incompetência do governo Bolsonaro, o lucro da Caixa foi expressivo, fruto do trabalho árduo dos empregados. A entidade espera que, em sinal de reconhecimento, o banco pague a PLR até amanhã (19), embora tenha até o dia 31 para fazê-lo.
Aumento de terceirização
Antes de divulgar o resultado, a Caixa anunciou na quarta-feira (17) que deu início a um processo para contratar 7.704 pessoas e abrir agências em mais 400 cidades. O objetivo é fortalecer a rede de atendimento.
Do total que será contratado, 2.766 serão empregados do banco (36%) e 1.162 serão estagiários (15%). Além desses, serão mais 87 técnicos em Tecnologia da Informação (TI) — a serem lotados no Distrito Federal (DF) —, 2.320 vigilantes e 1.456 recepcionistas.
Para o Sindicato, o problema é que apenas 1/3 desse número será de concursados. É exatamente isso que o governo Bolsonaro mais quer: poder indicar todos os amigos para os poucos empregos disponíveis em locais estáveis.