Depois de muita pressão de representantes do movimento sindical, a Caixa Econômica Federal pagou no dia 30 de abril a “promoção por mérito”, sob a rubrica “salário padrão”. Todos os empregados receberam um delta como reconhecimento, e um segundo delta foi distribuído aos que tiveram “desempenho excepcional” no GDP (Gestão do Desempenho de Pessoas).
A pressão do movimento sindical foi decisiva porque , inicialmente, a Caixa queria pagá-lo somente a quem tivesse desempenho excepcional ou superior no GDP.
Histórico da promoção por mérito
A promoção por mérito é uma antiga forma de progressão no Plano de Cargos e Salários (PCS), mas que deixou de ser aplicada em 1996. Após 1998, a situação agravou-se porque os novos empregados passaram a ser enquadrados em um novo PCS, com apenas 15 referências na carreira administrativa. A última referência, que seria alcançada somente após 30 anos de trabalho, era apenas R$ 839 maior que a referência de ingresso.
Foi na campanha salarial de 2008 que o movimento sindical restabeleceu a promoção por mérito, após conquistar a unificação dos PCS dos admitidos antes e depois de 1998, além da ampliação do teto.
O PCS atualmente em vigência conta com 48 referências, sendo a inicial (201) de R$ 2.955 e a última (248) de R$ 8.633 — uma diferença de R$ 5.678.
Levando-se em conta um delta por merecimento a cada ano e um delta por antiguidade a cada dois anos, o empregado pode alcançar o topo do novo PCS após 32 anos de trabalho.