Recentemente, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região publicou artigo no qual analisa os números relativos à campanha salarial da categoria bancária em 2021. Segundo o texto, a conquista do reajuste de 10,97% (que corresponde a reposição integral do INPC acumulado entre setembro de 2020 e agosto de 2021: 10,42%, mais 0,5% acima da inflação) vai injetar cerca de R$ 15,920 bilhões na economia brasileira nos próximos 12 meses.
Tudo como resultado de muita luta realizada de forma coletiva e unificada em todo o país. Entre 2004 e 2021, o reajuste salarial da categoria foi de 21,94% acima da inflação. Já no piso salarial, a recomposição de perdas do mesmo período foi de 43,56%. Nos benefícios de vale-alimentação e vale-refeição, os ganhos acima da inflação nos últimos 17 anos foram de 35,49% e 33,96%, respectivamente.
O auxílio-creche apresentou uma recomposição de 44,78%, neste mesmo intervalo. Os reajustes diferenciados nas cláusulas econômicas são resultados de negociações específicas que visam melhorar os direitos conquistados pela categoria.
A FNOB segue contrário à política de acordos bianuais, no entanto, devido a pandemia e o aumento inflacionário derivado da falta de gestão do governo Bolsonaro, entende que foi assertiva a decisão do ano passado. O próximo passo é manter a mobilização da categoria para evitar os novos ataques de Bolsonaro (abertura dos bancos nos finais de semana) e lutar por um gatilho salarial, caso a inflação continue subindo.