No dia 3, o Bradesco anunciou que teve lucro líquido contábil de R$ 16,546 bilhões em 2020, 26,7% menor que o de 2019. O lucro líquido recorrente, que exclui eventos extraordinários, foi de R$ 19,458 bilhões, 24,8% menor.
Observando-se apenas o resultado do quarto trimestre, quando o lucro recorrente foi de R$ 6,801 bilhões, houve crescimento de 35,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,3% em relação ao quarto trimestre de 2019.
As provisões para devedores duvidosos somaram R$ 25,8 bilhões, número 78,7% superior ao de 2019. O índice de inadimplência superior a 90 dias, no entanto, caiu 1,1 p.p., e ao fim de 2020 era de 2,2%.
Banco fechou mais de 7,75 mil postos de trabalho!
Embora tenha ganhado 2,2 milhões de correntistas, o Bradesco eliminou nada menos que 7.754 (!) postos de trabalho em 2020. Além disso, fechou 1.083 (!) agências, tendo aberto 517 postos de atendimento.
Apesar de ter se comprometido publicamente a não demitir durante a pandemia, entre março e dezembro o banco fechou 7.212 postos de trabalho e 772 agências.
Como já denunciou o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (foto), ligado à FNOB, o troféu de campeão de demissões é do Bradesco. Não teve para ninguém. O Santander fechou 3.220 postos de trabalho, 175 agências e 161 PABs, e o Itaú fechou 1.536 postos de trabalho no Brasil e 569 no exterior, além de ter fechado 117 agências e 15 PABs.
Para os trabalhadores, o resultado é o de sempre: mais sobrecarga e mais adoecimento. Vergonha!
(Na foto, de protesto ocorrido em 23 de outubro, Sindicato entrega ao Bradesco os troféus de campeão de demissões, assédio e insensibilidade.)