O Congresso Nacional aprovou nessa quinta-feira (15) o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que define as prioridades e metas para os gastos do governo para 2022. Agora, o PLDO 2022 segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Na Câmara dos Deputados, o projeto foi aprovado por 278 votos a favor, 145 contra e uma abstenção. No Senado, o placar foi de 40 votos favoráveis e 33 contrários (foto).
Como o ano que vem é ano de eleições gerais, os congressistas aprovaram um brutal aumento nas verbas destinadas ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC): de R$ 2 bilhões (valor destinado ao “Fundão” nas eleições de 2018), o montante passou para R$ 5,7 bilhões!
Fora esse ponto, o texto aprovado define 57 programas e 223 ações como prioridades para o próximo ano — além da continuidade dos investimentos em programas emergenciais. Entre as prioridades está o Programa Nacional de Imunização (PNI).
Veto
Mirando o eleitorado de 2022, Bolsonaro afirmou em entrevista divulgada na segunda-feira (19) pela TV Brasil que deve vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para 2022.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB), o aumento absurdo de 285% para o fundão, aprovado pela base ligada a Bolsonaro, tem que ser verdadeiramente vetado. É inaceitável que bilhões sejam destinados à campanhas eleitorais, enquanto milhões de brasileiros sofrem com as consequências da grave crise sanitária e econômica que o país está passando há mais de um ano, por conta da pandemia de coronavírus.
Em 2020, 19 milhões de pessoas viviam em situação de fome no país e neste ano, a situação está ainda pior. A população precisa de comida, saúde, vacina, auxílio emergencial digno, educação e emprego. Chega de farra com dinheiro público!