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Data-base se aproxima e somente greve nacional garantirá direitos dos bancários

27/08/2024

Bancos: Campanha Salarial 2024

Sindicato dos Bancários de Bauru participou de greve em 2021. Foto: SEEB-Bauru/Divulgação

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Chegamos à última semana de vigência da convenção coletiva bancária, as negociações iniciaram dia 26 de junho e até agora tivemos muito blá blá e muita enrolação. A proposta atual da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não repõe nem a inflação com um reajuste de 0,85% do INPC.

Uma vergonha o setor mais lucrativo do país ter uma proposta tão rebaixada, até mesmo quando a maioria das categorias estão tendo reajuste acima da inflação conforme Dieese.

É a repetição da velha novela das negociações: uma primeira proposta inaceitável e na véspera do vencimento do acordo aparece uma proposta que concede a reposição da inflação e “0,5% de aumento real”. O pior é que uma proposta como essa será vendida como uma grande vitória arrancada pelos negociadores da Contraf-CUT.

A única ferramenta capaz de romper com este enredo é uma greve nacional da categoria. A jornada de seis horas, não trabalhar nos sábados, a décima terceira cesta alimentação, o abono de 5 dias nos bancos públicos são algumas conquistas históricas da categoria que conseguimos com grandes greves.

As mudanças estruturais na sociedade, como aumento exponencial do uso de aplicativos, diminuição no peso das agências nas operações financeiras e criação dos escritórios de negócios, não desatualizam a greve como principal instrumento de luta da categoria bancária.

Somente uma greve forte é capaz de garantir um aumento de salário significativo para a categoria bancária, freio nas terceirizações e instrumento efetivo que combate o assédio moral.

No Banco do Brasil, somente com greve que conseguiremos manter a comissão para os caixas, o fim do PERFORMA e Cassi para todos.

Na CEF, apenas com greve vamos enfrentar o teto no Saúde Caixa, que tem reduzido os salários dos bancários ao jogar grande parte do custo para os trabalhadores. É urgente estancar a onda de terceirizações fraudulentas do Santander e as demissões lá e nos demais bancos privados.

O fim da ultratividade não pode ser um fantasma para impedir que a categoria entre em greve. Os próprios colegas do Banrisul conseguiram a prorrogação do acordo coletivo até a assinatura do novo, demonstrando que é possível derrubar os obstáculos criados pela reforma trabalhista.

Vários sindicatos já aprovaram o estado de greve. Nós exigimos que a Contraf-CUT indique a realização imediata de assembleias a seus sindicatos para votar greve por tempo indeterminado na categoria bancária.

Oposição bancária nacional

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