A deputada Sâmia Bomfim, líder da bancada do PSOL, enviou um requerimento ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, solicitando informações sobre a reestruturação do Banco do Brasil.
No documento, Sâmia ressalta que informações sobre o fechamento de mais de 300 unidades do banco e o programa de demissão voluntária anunciados pela instituição, devem ser “prestadas de maneira clara e objetiva, sob pena de cometimento de crime de responsabilidade, nos termos do art. 50 da Constituição Federal”.
Além disso, a deputada lista os seguintes questionamentos:
1. Quais são as agências do Banco do Brasil que serão fechadas na reestruturação anunciada pela instituição na última semana?
2. Qual é o número de clientes que são atendidos nas agências citadas acima?
3. Qual é o número de funcionários efetivos e terceirizados que trabalham nas unidades afetadas pelo plano de reestruturação?
4. Dentre as agências que serão fechadas, quais destas são as únicas unidades do Banco do Brasil na cidade?
5. Em quais cidades do país a presença do Banco do Brasil se dá somente por correspondentes bancários?
6. Dos 2,7 bilhões de reais que o Banco do Brasil anunciou que irá economizar até 2025, quanto corresponde a gastos com pessoal?
7. Qual é o número atual de funcionários que trabalha na função de caixas do Banco do Brasil?
8. Qual o valor processado nas agências que serão fechadas e nas que ficarão sem funcionários cumprindo a função de caixas?
9. Qual é o número de funcionários impactados na reestruturação anunciada pelo Banco do Brasil?
Contestando a justificativa apresentada pelo BB para explicar a reestruturação, onde o banco afirma que o atendimento via internet banking ou smartphone é muito mais barato que o atendimento presencial ou até mesmo uma operação feita em caixa eletrônico, Sâmia destaca que o banco precisa considerar que “o Brasil é um país extremamente desigual, o que faz com que os mais pobres tenham dificuldade de acesso a um smartphone ou à internet, praticamente impedindo de fazer operações bancárias online”.
A deputada também aponta que em muitas cidades no interior, a única agência bancária que existe é do Banco do Brasil e com o fechamento, os clientes teriam que se deslocar até correspondentes bancários – que não possuem segurança -, pois o banco rompeu o convênio com os Correios e com as lotéricas, deixando apenas aos pequenos comerciantes a possibilidade de atendimento.
Finalizando o requerimento, Sâmia expõe preocupação sobre milhares de bancários que terão seus locais de trabalho alterados e redução de salário.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, a iniciativa de Sâmia é de grande importância tanto para os funcionários do Banco do Brasil, quanto para a população, já que o processo de reestruturação ainda é nebuloso e traz poucas informações. Paulo Guedes e Bolsonaro não podem esconder a verdade desse desmonte!
Pelo direito à informação e pelo respeito aos bancários prejudicados!
Live
No dia 21, Paulo Tonon, diretor do Sindicato e bancário do BB, participou da live “Como combater a reestruturação no Banco do Brasil”, com a deputada Sâmia Bomfim, a delegada sindical do CENOP BH, Juliana Selbach, e com o delegado sindical da GECEX SP, Bento Ferreira.
Assista: https://youtu.be/0eIb6T4ICnc