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Desigualdade: mulheres recebem 20,7% a menos do que os homens no Brasil

26/09/2024

Imagem ilustrativa. Foto: freepik.com

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Mulheres ganham 20,7% a menos do que os homens no Brasil. É o que aponta o 2.º Relatório de Transparência Salarial, elaborado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE). Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença de salários entre homens e mulheres é ainda maior: de 27%.

No recorte por raça, o relatório mostra que as mulheres negras (pretas e pardas) estão em menor número no mercado de trabalho e recebem 54,7% a menos (média de R$ 2.745,76) do que as mulheres brancas (média de R$ 4.249,71). No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.493,59 e os não negros, R$ 5.464,29, o equivalente a 56,4%.

Os números são baseados em um questionário obrigatório respondido em 2023 por 50.692 empresas com mais de 100 funcionários no País.

O relatório revelou ainda que o cenário piorou em comparação aos dados de 2022. Segundo o 1.º Relatório de Transparência Salarial, as mulheres recebiam, naquele ano, 19,4% a menos do que os homens no Brasil, em média. Já nos cargos como dirigentes e gerentes, a diferença era de 25,2%.

Planos de incentivo

O questionário mostra que são poucas as empresas que promovem ações para diminuir a desigualdade social. Em todo o País, somente 55,5% das companhias possuem planos de cargos e salários políticas de incentivo às mulheres; 38,8% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 35% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 27,9% aplicam incentivos para contratação de mulheres negras.

Poucas companhias adotam políticas como flexibilização de regime de trabalho, licença maternidade/paternidade estendida (20%) e auxílio-creche (22,9%).

Na categoria

Dentro da categoria dos bancários, a desigualdade de gênero é igualmente sentida. Em pesquisa do Dieese, de 2022, foi constatado que as bancárias recebem 20% a menos do que os homens bancários, em média.

A Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) encara a questão da desigualdade de gênero como uma injustiça a ser combatida. É necessário fortalecer as políticas de combate para mudar essa realidade no Brasil e no mundo!

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