Em 2003, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) instituiu o Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho, em homenagem aos 78 trabalhadores que morreram na explosão de uma mina, em Virgínia, nos Estados Unidos no ano de 1969. No Brasil, a Lei 11.121/2005 instituiu o mesmo dia como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
De acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança no Trabalho, o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de acidentes no trabalho. Somente em 2020, mais de 400 mil pessoas se acidentaram durante o exercício da função, e quase 2 mil pessoas morreram. A cada 49 segundos, um trabalhador formal sofre algum tipo de lesão, temporária ou permanente.
Segundo estatísticas da OIT, 2,02 milhões de pessoas morrem a cada ano por conta de enfermidades relacionadas ao trabalho. A cada 15 segundos, um trabalhador morre em decorrência dessa situação.
No setor financeiro, em 2019, ocorreram 5.158 acidentes de trabalho em bancos múltiplos com carteira comercial, segundo o anuário estatístico do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As principais causas de adoecimento dos bancários são os transtornos mentais e as lesões por esforços repetitivos (LER). Porém, em função da pandemia do novo coronavírus, a infecção tornou-se o principal motivo de afastamento.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho é de extrema importância para a reflexão e discussão de medidas que protejam os trabalhadores, ainda mais nesse período pandêmico. Infelizmente, a categoria bancária está duramente exposta ao risco de contágio por coronavírus e muitos trabalhadores já perderam a vida para a Covid-19.
Na luta contra essa realidade, o Sindicato tem reivindicado a vacinação prioritária da categoria, para que assim, a disseminação do vírus entre bancários, terceirizados e clientes seja freada e não haja mais mortes de trabalhadores em decorrência da doença.
Além disso, desde o início da pandemia, a entidade tem feito o que está ao seu alcance para ajudar a salvar vidas, entregando máscaras de pano para os bancários e clientes dos bancos; comprando testes rápidos de Covid-19 para aplicar nos bancários da base; realizando protestos cobrando respeito dos bancos às medidas de segurança e higiene; apresentando ideias de projetos de lei aos vereadores municipais para combater a propagação do coronavírus nas agências bancárias, entre outras ações.
A fim de combater o adoecimento, a entidade também oferece aos bancários sindicalizados atendimento psicológico gratuito, toda segunda-feira, das 17h às 20h. Por conta da pandemia, os atendimentos com a psicóloga Ana Letícia San Juan são realizados virtualmente, mas a medida não interfere no acolhimento.
O Sindicato se solidariza com as famílias dos trabalhadores que perderam a vida vítimas de acidentes e doenças do trabalho e, principalmente, daquelas que perderam seus entes queridos que atuavam na linha de frente da pandemia.