Apesar de uma boa parte dos brasileiros e, principalmente, do presidente Jair Bolsonaro, agir como se a pandemia do novo coronavírus estivesse acabado, os números de mortos e contaminados já demonstram tendência de alta, com oito estados registrando aceleração. Na categoria bancária, a disseminação do coronavírus continua e agências de Bauru, Lençóis Paulista e Fartura apresentaram novos casos suspeitos nesta segunda-feira (30).
As agências da Caixa Econômica Federal da Nações Unidas, Falcão, do Centro e Redentor, estão fechadas hoje após diversos casos suspeitos. Todos os locais serão higienizados ainda hoje e o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, está acompanhando para que o protocolo de segurança seja cumprido a rigor. A agência Altos também teve um caso suspeito, mas ela já foi higienizada e reabriu hoje mesmo.
O escritório exclusivo do Banco do Brasil também registrou hoje um caso suspeito. O Sindicato cobrou a higienização do local e alerta aos funcionários que caso apresentem qualquer sintomas da doença, entrem em contato imediatamente com o banco e entidade.
Na sexta-feira (27), o Itaú localizado na rua Ezequiel Ramos, no Centro de Bauru, foi fechado após mais um caso de covid-19. Essa é a quarta vez que a agência é fechada após casos confirmados e suspeitos de coronavírus entre bancários.
Vale lembrar que na quarta-feira (25), a agência do Bradesco localizada em frente a Praça Rui Barbosa, no Centro de Bauru, registrou um caso de coronavírus. No dia, os funcionários continuaram tendo contato com o infectado durante todo o expediente e o banco só foi higienizado após intervenção do Sindicato.
Região
Em Lençóis Paulista, a agência do Santander permanecerá fechada nesta segunda-feira, após um caso positivo. Em Fartura, a agência da Caixa Econômica Federal também foi fechada.
Para o Sindicato, está mais do que claro que a segunda onda de covid-19 é uma realidade no país. Segundo pesquisas, o avanço do vírus no interior de São Paulo pode ser mais rápido do que no início da pandemia, quando ele entrou no Brasil por meio dos grandes centros — como São Paulo.
A entidade acredita que o governo errou, mais uma vez, nas medidas de combate à pandemia, já que ao invés de conscientizar e proteger os brasileiros de uma possível segunda onda, pregou normalidade e relaxamento da quarentena. Assim, os governos se apoiaram nesse posicionamento federal e juntamente com as campanhas eleitorais de prefeitos e vereadores, estimularam intensamente aglomerações e contato físico.
Se não houver medidas de higiene e segurança eficazes, os números de contaminados e mortos serão ainda maiores e, os bancários, também estarão nessa porcentagem.