O empobrecimento do Brasil acaba de ser constatado por um novo levantamento da consultoria Tendências. Nos últimos 10 anos, o número de casas que integram as classes D e E subiu de 48,7% para 51%. Ou seja, metade dos domicílios (aproximadamente 37,7 milhões) no país vivem com renda mensal de até R$ 2,8 mil.
De acordo com os especialistas, os lares das classes D e E costumam ser compostos por muitas pessoas, mas apenas uma pessoa é a responsável por prover o sustento de todos. A falta de trabalho com carteira assinada e a atuação no mercado informal também é outra característica deste segmento da sociedade.
Apesar de ter experimentado um fortalecimento da classe C no começo dos anos 2000, a crise econômica ocorrida entre 2014 e 2016, somado a pandemia que teve início em março de 2020, interrompeu o processo e aumentou o número de famílias com problemas financeiros. A inflação de 2021 também contribuiu para a queda da renda e do poder de compra dos brasileiros.
Infelizmente, o relatório também traz a previsão que a economia brasileira não vai se recuperar em um curto prazo. Os números do próprio Banco Central já apontam para um alta pífia de 0,29% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022.
Para a Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) a manutenção de um governo de extrema direita, comprometido apenas com interesses do mercado especulativo financeiro e não com a sociedade em geral, só fará esse quadro piorar.