O Economus viu-se obrigado a reabrir para novas adesões o plano de saúde Novo Feas, que havia sido fechado em janeiro para ser substituído pelo plano Futuro. O Economus Futuro foi criado no fim do ano passado, mas não teve a quantidade mínima de adesões para entrar em funcionamento.

Com o fechamento do Novo Feas, os bancários egressos da Nossa Caixa que aderiram aos recentes programas de demissão voluntária do Banco do Brasil, em tese, teriam de aderir ao Futuro, que tinha preços de mercado e que, por isso, tornaria insustentável a situação financeira de muitos aposentados.

Agora, os que se aposentaram no período em que o Novo Feas esteve fechado — basicamente, todos os que aderiram ao PDE (Plano de Desligamento Extraordinário) ou ao PAQ (Plano de Adequação de Quadros) — têm até o fim de maio para aderir ao plano para terem a isenção de carência (o prazo corresponde a 60 dias corridos a partir do dia 30 de março).

Vale ressaltar que aqueles que optarem pela adesão ao Novo Feas precisam manter a condição de participante aposentado nos planos de previdência do Economus (Benefício Definido e/ou PrevMais).

As mensalidades do Novo Feas são cobradas por grupo familiar com base numa porcentagem da renda mensal do titular (atualmente, de 15,95%). A renda mensal leva em conta o total dos rendimentos (benefícios do INSS + complementação de aposentadoria). Além das mensalidades, são cobradas coparticipações de 20% sobre os procedimentos de baixo custo utilizados (consultas, exames simples e tratamentos seriados, por exemplo).

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB), é uma vitória o fato do Conselho Deliberativo do Economus ter reaberto o Novo Feas. E isso só foi possível pela resistência dos que se aposentaram recentemente e não aderiram ao plano Futuro, com o apoio do movimento sindical, que ajuizou diversas ações contra as mudanças do Economus.

O Sindicato foi uma das entidades que acionaram a Justiça nesse sentido, mas continua lutando para que os trabalhadores oriundos da Nossa Caixa sejam incorporados pela Cassi e pela Previ, que são o plano de saúde e o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

E da mesma maneira devem ser tratados os trabalhadores oriundos do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e do Banco do Estado do Piauí (BEP), as outras duas instituições financeiras que o BB comprou no fim de 2008.