Segundo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 48,8% dos acordos analisados ficaram abaixo da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De janeiro a novembro, reajustes salariais acima do INPC representam apenas 16,5% do total. Os equivalentes à inflação são 34,7% e os abaixo, 48,8%. A variação média dos reajustes está em -0,86%.
Além disso, de acordo com a entidade, houve aumento no número de reajustes com parcelamento, provável reflexo do aumento da inflação no país neste ano. Nos 11 primeiros meses do ano, 11,3% dos acordos tiveram parcelamento.
O melhor resultado do ano foi no mês de junho, seguido de novembro, com 60% de reajustes iguais ou acima do IPC. Em novembro, 28% dos reajustes serão divididos em duas ou mais parcelas. É a maior proporção para uma data-base neste ano.
Entre os setores, as negociações da indústria continuam sendo as que apresentam maior percentual de acordos acima da inflação: 23%, com 40,5% equivalentes à variação do INPC. No comércio, reajustes acima da inflação foram 17,2% do total, ante 50,5% equivalentes ao INPC. Já nos serviços, a maioria (61%) perde da inflação.
No resultado acumulado 12 meses, o INPC ficou em 10,96%, quarto mês seguido em dois dígitos. Até outubro, o resultado acumulado em 12 meses estava em 11,08%.
Bancários
A categoria bancária teve reajuste salarial definido em agosto. Os bancários tiveram aumento de 10,97% nos salários, vales refeição e alimentação e demais direitos econômicos estabelecidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, entidade ligada a FNOB, apesar do reajuste superior à inflação, quem tem perda salarial (acumuladas no governo FHC) não tem ganho real. Entenda: https://youtu.be/AKDNUraKZik