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Em Bauru, Bradesco demite por telefone bancário que estava em home office

22/04/2021

Bancos: Bradesco

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Na semana passada, o Bradesco voltou a contribuir para o aumento do desemprego no país em plena pandemia de coronavírus, demitindo por telefone, sem qualquer explicação, um bancário da agência 013, localizada no Centro de Bauru.

O bancário, que atuava há 30 anos na instituição e estava em home office por conta de fazer parte do grupo de risco da Covid-19, recebeu a notícia do desligamento durante o expediente.

Ao saber do caso, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB) formalizou ao Bradesco, um e-mail solicitando o cancelamento da demissão, dando ênfase no histórico de adoecimento do trabalhador. Anos atrás, o Sindicato já havia conquistado a reintegração desse mesmo bancário, que na época, também foi demitido injustamente.

Campeão em demissões

Em 2020, mesmo registrando lucro contábil de R$ 16,546 bilhões e ganhando 2,2 milhões de correntistas, o Bradesco eliminou  7.754 postos de trabalho e fechou 1.083 agências, apesar de ter se comprometido publicamente a não demitir durante a pandemia.

Desde o começo da crise sanitária, o Bradesco demitiu 20 trabalhadores em Bauru e 4 na região.

Para piorar, o presidente do banco, Octavio de Lazari, sinalizou que estima fechar mais 450 agências em 2021, contribuindo ainda mais para a sobrecarga de trabalho dos funcionários que ainda restam nas agências e postos de atendimento. Em Bauru, a agência Rui Barbosa será fechada.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o Bradesco demonstrou, mais uma vez, sua insensibilidade e desrespeito com um funcionário que há anos contribuía para o crescimento do banco. A demissão desse bancário que estava em home office por ser grupo de risco é um ato de crueldade, ainda mais tendo em vista o histórico de adoecimento do trabalhador causado pelo exercício realizado há 30 anos.

Infelizmente, a tendência é que as demissões em massa voltem a ocorrer no Bradesco, pois em nível nacional, o banco está com um projeto igual do Santander e do BB, onde a função de caixa será extinta.

O Sindicato reforça que esse bancário também terá respaldo na ação coletiva já ajuizada pela entidade em dezembro, que solicitou o fim das demissões no Bradesco, e a reintegração de todos os funcionários desligados injustamente durante a pandemia.

 

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