A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), durante a 9ª mesa de negociação da Campanha Salarial 2024, apresentou uma proposta de reajuste salarial abaixo da inflação, de 85% do índice de preços ao consumidor (INPC).
Estima-se que o reajuste oferecido fique entre 3,3% e 3,5%. Segundo divulgou a Contraf-CUT, cálculos do Dieese, realizados na reunião, revelaram que o reajuste proposto causaria perda de 0,57% na remuneração dos bancários e colocaria o índice da categoria entre os piores reajustes do País.
A proposta foi rejeitada pelo movimento sindical. Não há argumento que justifique tamanho desrespeito, desconsideração e desvalorização dos trabalhadores, que são literalmente os responsáveis pelos lucros astronômicos que os bancos registraram em 2023 e continuam crescendo em 2024.
Ainda na mesa, a Fenaban afirmou que apresentará na próxima reunião, marcada para terça-feira, 27 de agosto, proposta que englobe as reivindicações da categoria.
Já indignados com o desrespeito dos banqueiros e também com a inércia da Contraf-CUT em lutar pelos direitos dos bancários nas negociações, a oposição bancária nacional tem realizado mobilizações a fim de pressionar a Fenaban e demonstrar sua insatisfação com os negociadores.
Nesta terça-feira, 20 de agosto, por exemplo, os sindicatos ligados à Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) protestaram em frente ao hotel em São Paulo (SP) onde ocorria mesa de negociação entre a Contraf-CUT e a Fenaban.
Não vamos parar de lutar! Se não tiver reposição, terá paralisação! Os bancários merecem respeito e valorização!