Na tarde da última segunda-feira (12), durante mais uma rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban “concordou em apresentar uma proposta de protocolo mínimo a ser adotado em todo o país”. É o que informa a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, que participou da reunião.
Segundo noticiou o sindicato da capital paulista, o comando reivindicou a suspensão das visitas a clientes, higienização semanal dos locais de trabalho, emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) aos bancários contaminados e relatórios sobre os trabalhadores que apresentam sequelas da Covid-19.
Além disso, voltaram a cobrar as reivindicações já apresentadas em reuniões anteriores. São elas:
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ampliação do home office;
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adoção de rodízio nas agências (com equipes se alternando semanalmente no trabalho presencial);
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instalação de painéis de acrílico para atendimento a clientes;
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distribuição de máscaras PFF2 (N95) e de face shield;
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campanha de vacinação contra a H1N1;
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empenho da Fenaban na inclusão da categoria bancária como um dos grupos prioritários no plano nacional de vacinação contra a Covid-19.
Sobre os pedidos apresentados no dia 12, a Fenaban afirmou que os bancos estão orientando os gestores a não mandar os subordinados a visitas e que a higienização semanal das agências pode ser incluída na proposta de protocolo mínimo de segurança; a questão da emissão de CAT “ficou de ser debatida na mesa temática de saúde”.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB), a proposta vem muito tarde. Deveria ter sido apresentada no início da pandemia. Mesmo assim, continua sendo extremamente importante, já que o Brasil atravessa o pior momento da crise sanitária.
Foi no dia da reunião (12) que o país registrou a maior média de mortes diárias por Covid-19 desde o começo da pandemia: 3.119. Até essa terça-feira (13), o total de óbitos registrados chegou a 358.718, e o de casos, a 13.601.566.
A falta de um protocolo único resultou em vários acordos aditivos por banco e em confusão entre os bancários, que ficaram sem entender por que cada banco age de um jeito frente aos casos de Covid-19 (home office, rodízio de funcionários etc.).