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Financiários reivindicam igualdade salarial, fim da terceirização e formalização do teletrabalho

23/07/2024

Imagem ilustrativa. Foto: freepik.com

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As primeiras rodadas de negociação entre representantes dos financiários e a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) ocorreram nos dias 12 e 16 de julho. Confira abaixo as principais reivindicações da Campanha Salarial 2024, discutidas até o momento. A data-base da categoria financiária foi 1 de junho.

Igualdade de oportunidades

Na primeira mesa, que debateu cláusulas sociais e igualdade de oportunidades, o movimento sindical apresentou um levantamento do Dieese, elaborado a partir da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 2022, que comprova a desigualdade de gênero e de raça no setor financiário.

Enquanto que, em todo o país, os negros (a soma dos pretos e pardos) representam 55,5% da população, no setor financiário apenas 22,06% dos trabalhadores se autodeclararam negros.

A diferença na remuneração também é alarmante. A salário médio mensal dos financiários negros é 69,7% da remuneração média mensal dos colegas brancos, uma defasagem de 30%.

Além disso, apesar das mulheres representarem 52% do total da categoria, o setor paga a elas 57,29% da remuneração mensal média paga aos homens.

Outro ponto negativo é a baixíssima contratação de pessoas com deficiência (PCDs), que compõem somente 1,93% de toda a categoria.

Fim da terceirização

Na segunda negociação, que tratou sobre empregos, a discussão girou em torno do aumento da terceirização e a consequente redução da contratação formal no setor. As contratações de correspondentes bancários também foi criticada pelos representantes dos trabalhadores, que reivindicaram o fim da terceirização.

A manutenção dos empregos e o respeito aos direitos já garantidos pela categoria foram ressaltados.

Cláusula de Teletrabalho

A ausência de cláusula específica sobre o teletrabalho na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) também foi discutida na mesa. Atualmente, dezenas de financiários atuam em home office. O movimento sindical pede garantia de tratamento, remuneração e direitos aos trabalhadores que realizam suas atividades nessa modalidade, incluindo a concessão de todos os benefícios previstos para os colegas que atuam presencialmente.

A garantia de ferramentas e equipamentos necessários para o desempenho do teletrabalho; o respeito à jornada contratual; a privacidade nos períodos de descanso; e a cobertura dos custos e gastos na execução das atividades à distância, com o pagamento de um auxílio, também foram reivindicadas.

Próximas negociações

23/07 – Cláusulas econômicas
30/07 – Cláusulas econômicas

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