Bradesco e Santander têm se destacado por sua insensibilidade nestes tempos de pandemia. Apesar dos lucros bilionários, os dois bancos estão demitindo como se não houvesse amanhã. Nos últimos meses, somente na região de Bauru, o Bradesco já demitiu 26 e o Santander, 17 bancários.
Os números já levam em conta as demissões ocorridas nessa terça-feira, dia 8. Ontem, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, foi informado de três demissões simultâneas no Santander (agências Centro, Altos da Cidade e Unesp) e de mais uma no Bradesco (na agência da praça Rui Barbosa).
A entidade já tem ajuizadas ações coletivas pedindo a anulação das demissões e a reintegração dos demitidos do Bradesco e do Santander, que, entre muitas outras empresas, comprometeram-se publicamente a não demitir durante a pandemia. Entretanto, como se vê, tudo não passou de campanha de marketing, de brincadeira.
Em vez de ajudarem a sociedade a se manter, a se erguer após nove meses de pandemia, os dois bancos só estão contribuindo para piorar a situação.
Segundo os números mais recentes, nos três primeiros trimestres do ano o Bradesco lucrou R$ 11,1 bilhões e o Santander, R$ 9,6 bilhões. Já no período de 12 meses encerrados em setembro, o Bradesco fechou 4.341 postos de trabalho (1.178 deles no terceiro trimestre) e o Santander fechou 4.335 (1.201 no terceiro trimestre). É uma vergonha!