Na terça-feira, 3, o Itaú anunciou que teve lucro líquido de R$ 4,492 bilhões no terceiro trimestre. O lucro líquido recorrente, que exclui eventos extraordinários, foi de R$ 5,03 bilhões no período, já tendo crescido quase 20% em relação ao segundo trimestre.
No acumulado do ano, esses lucros somam R$ 11,317 bilhões e R$ 13,148 bilhões, respectivamente, representando quedas de 40,75% e 37,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A queda no lucro é reflexo natural da crise gerada pelo coronavírus, mas também se deve ao gigantesco aumento, de 79,5% (!), das despesas de provisão para devedores duvidosos (PDD): de janeiro a setembro, o Itaú provisionou R$ 24,297 bilhões para se precaver contra um possível aumento dos índices de inadimplência — que, na verdade, caíram em relação ao ano passado.
Quanto ao número de postos de trabalho do conglomerado, a incorporação de 1.448 empregados da ZUP, empresa de tecnologia adquirida pelo Itaú em outubro de 2019, fez com que o banco anunciasse saldo positivo de 736 vagas abertas no Brasil nos 12 meses encerrados em setembro.
Sem contar esses novos empregados da ZUP, portanto, o Itaú fechou 712 postos de trabalho, além de ter fechado 272 agências e PABs no mesmo período.