Nessa segunda-feira (3), o Itaú anunciou lucro líquido contábil de R$ 5,414 bilhões no primeiro trimestre, 59% maior na comparação com o resultado obtido no mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido recorrente, que desconsidera os eventos extraordinários, chegou a R$ 6,398 bilhões, tendo crescido 63,5%.
O índice de inadimplência superior a 90 dias caiu 0,8 p.p. na mesma base de comparação, saindo de 3,1% para 2,3%. Enquanto isso, a despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa foi de R$ 4,435 bilhões, tendo caído 57,3% em relação ao primeiro trimestre de 2020, quando foi de R$ 10,398 bilhões.
Emprego e atendimento
O Itaú contava com 95.288 colaboradores ao final de março do ano passado, número que, um ano depois, chegou a 97.097. Ou seja: em 12 meses, o banco abriu 1.809 postos de trabalho. No Brasil, onde o Itaú tem hoje 84.415 colaboradores, foram criados 2.308 empregos; já no exterior, o banco fechou 499 postos.
Os números positivos do emprego, no entanto, são resultado do investimento do banco no setor de tecnologia. Os bancários, mesmo, eram 74,5 mil em março de 2020 e 72,6 mil 12 meses depois (1,9 mil bancários a menos). Já os funcionários do setor de tecnologia saltaram de 7,6 mil para 11,8 mil em um ano (4,2 mil a mais), principalmente por causa da compra da empresa Zup IT, no fim de 2019.
Quanto aos pontos de atendimento, o Itaú fechou 115 agências e 17 PABs no Brasil, além de 34 “agências + PABs” no exterior.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB), fica claro, mais uma vez, que os banqueiros, no Brasil, estão imunes a crises. Em vez de demitir trabalhadores bancários, como fizeram o Itaú e o Santander, eles deveriam manter — até mesmo ampliar — o número de vagas de emprego.