Durante negociação com o movimento sindical, realizada no dia 13, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) afirmou que mesmo com a possibilidade da Medida Provisória 1.045 entrar em vigor, irá manter a jornada prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

No dia 10, a Câmara dos Deputados aprovou, sorrateiramente, o texto-base da MP 1.045, que aprofunda a reforma trabalhista já em vigor e ataca ainda mais os direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. Dentre diversos ataques, o texto prevê que categorias com jornadas reduzidas, como é o caso dos bancários, podem ter a jornada estendida para oito horas mediante acordo individual ou acordo coletivo, fixando em 20% o adicional pelas horas extras.

De acordo com a Fenaban, os bancos “não têm parte na autoria desta proposta” e a medida não será aplicada, ou seja, a jornada de seis horas diárias continuará e as horas extras serão pagas com o adicional de 50%, como determina a cláusula 8ª da CCT.

O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB) espera que os bancos cumpram com o que afirmaram e não se rendam em nenhum momento a essa MP. A CCT da categoria tem grandes conquistas e não há como aceitar que Bolsonaro e seus aliados arranquem esses direitos dos trabalhadores.