O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília denunciou na semana passada seis pessoas por fraudes na Funcef, que causaram ao fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal prejuízos da ordem de R$ 200 milhões.
De acordo com a notícia publicada pelo jornal Valor Econômico, “cabe à 10ª Vara Federal do Distrito Federal decidir se recebe ou não a acusação, transformando os investigados em réus, e se retira o sigilo do caso, que ainda tramita em segredo de Justiça”.
Por esse motivo, o MPF não divulgou o nome dos envolvidos. Mas o que se sabe é que eles são acusados de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa.
A denúncia é fruto das investigações da força-tarefa da Operação Greenfield.
“Segundo as investigações, os aportes do fundo de pensão no Fundo de Investimentos e Participações (FIP) OAS Empreendimentos ‘foram precedidos de avaliações econômico-financeiras irreais e tecnicamente irregulares’, mediante pagamento de propina e manobras de superfaturamento”, diz o jornal.
Basta de ingerências nos fundos de pensão!
A FNOB está sempre montando ou participando de chapas para os conselhos dos fundos de pensão, para tentar aumentar o poder de fiscalização sobre os gestores de seus patrimônios bilionários. É preciso acabar com a ingerência política nos fundos, e também com os casos frequentes de investimentos malsucedidos.
Atualmente, a Previ (dos empregados do BB), a Petros (dos empregados da Petrobras) e a Funcef possuem, juntos, um patrimônio de mais de R$ 300 bilhões, que deveriam ser destinados ao pagamento de futuras aposentadorias complementares, e não serem usados para interesses próprios de políticos e gestores descomprometidos.