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“Não dou bola pra isso”, diz Bolsonaro sobre Brasil estar atrasado na vacinação contra Covid-19

30/12/2020

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No dia 26, quando o país registrou 276 novas mortes pela Covid-19, chegando ao total de 190.815 óbitos desde o começo da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro declarou que não se importa com a pressão sobre o Brasil estar atrasado no início da vacinação contra o coronavírus, argumentando que não dá “bola pra isso”.

A declaração foi dada após um passeio de Bolsonaro por Brasília, onde o presidente parou por diversas vezes para falar com apoiadores, sem usar máscara de proteção e sem respeitar o distanciamento social, gerando aglomerações e risco de disseminação do coronavírus.

Países como Estados Unidos, Reino Unido, Chile, entre outros, começaram a aplicar vacinas contra a Covid-19 em sua população. Apesar de nenhum efeito adverso grave tenha sido registrado nos testes das vacinas em uso em outros países, Bolsonaro quer exigir a assinatura de um termo de quem receber o imunizante, para justificar sua decisão de não assumir responsabilidade por eventuais reações adversas.

Após repercussão obviamente negativa, no dia 27, Bolsonaro usou suas redes sociais para dizer que há pressa em começar a vacinação no Brasil e reforçou, em letras maiúsculas, que o processo não será obrigatório.

“Tão logo um Laboratório apresente seu pedido de uso emergencial, ou registro junto à ANVISA, e esta proceda a sua análise completa e o acolha, a vacina será ofertada a todos e de forma GRATUITA e NÃO OBRIGATÓRIA”, escreveu o presidente.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, a irresponsabilidade e desprezo de Bolsonaro está custando milhares de vidas. Enquanto o presidente e seu governo não dão “bola pra isso”, há inúmeras famílias dilaceradas pelas perdas de entes por Covid-19, pessoas à espera de leitos de UTI e aumento da transmissão do coronavírus.

No último domingo, o Brasil registrou 7.481.400 casos confirmados da doença e 331 mortes, chegando ao total de 191.146 óbitos. No mesmo dia, em Bauru, a cidade totalizou 20.206 casos positivos, sendo 293 óbitos.

Vale lembrar que na véspera de Natal, um surto de Covid-19 entre funcionários e médicos do Pronto-Socorro Central (PSC) de Bauru provocou o fechamento da unidade. Somente emergências encaminhadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo Resgate do Corpo de Bombeiros e pacientes oriundos das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão sendo atendidos no local.

 

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