No final da semana passada, durante a apresentação do balanço do terceiro trimestre, a Caixa Econômica Federal anunciou uma nova reestruturação, pegando os empregados de surpresa e colocando em risco o emprego de diversos deles. Cerca de 170 imóveis não terão seus aluguéis renovados e outros prédios serão vendidos.
A medida, feita sem negociação com os trabalhadores, causou pânico e insegurança entre os empregados que foram atingidos, já que haverá transferências até para outras cidades e perdas de funções, que atingirão diretamente as remunerações.
Até o momento, os empregados e movimento sindical têm poucas informações sobre a reestruturação. A Caixa não informou oficialmente todas as mudanças que irão acontecer, atitude desrespeitosa que aumenta ainda mais o desespero dos trabalhadores.
As mudanças dos prédios estariam ligadas às áreas da vice-presidência Rede de Varejo (Vired), vice-presidência Tecnologia e Digital (Vitec), vice-presidência Logística e Operações (Vilop). Gerências como de tecnologia (Gitec), de logística (Gilog), de segurança (Giseg) e de Alienação de Bens Móveis e Imóveis (Gilie), teriam as filiais extintas e parte de suas atividades seriam transferidas para centralizadoras que seriam criadas.
O processo de despejo também atinge as Gerências Executivas de Governo (Gigov) e Gerências Executivas de Habitação (Gihab), áreas responsáveis pelo planejamento urbano dos municípios.
Em Bauru, mais de 250 funcionários e terceirizados serão atingidos. Os empregados da Caixa lotados na Gitec Bauru foram avisados que a unidade será extinta em 120 dias. A esses empregados foram dadas duas opções: ou migram para uma agência ou serão transferidos para onde o setor será centralizado. Somente nesse prédio, 40 funcionários terceirizados terão seu vínculo empregatício encerrado.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, foi informado que a Gerência de logística (Gilog) também será reestruturada, apesar de não haver uma data, já que a decisão ainda depende de votação no Conselho Deliberativo. O prédio será transferido para a Agência Bauru, ou para a Agência Getúlio.
Além dessas, a Gerência Jurídica Regional (Jurir) também passará por reestruturação e cerca de 40 funcionários terceirizados também serão demitidos.
O Sindicato acredita que essa reestruturação da Caixa pretende reduzir o número de unidades das áreas-meio por meio da centralização. Medida que deveria ser previamente discutida com os trabalhadores e movimento sindical. Essa centralização de serviços além de um prejuízo para a categoria bancária como um todo, trará também prejuízo pessoal para os bancários que perderão a função ou terão de se transferir para fora da cidade para mantê-la. Bauru também será prejudicada visto que dezenas de empregos deixarão de existir na cidade.
A entidade repudia a falta de transparência e irresponsabilidade do banco, que às vésperas do Natal e Ano Novo e em meio a uma grave pandemia, crise econômica e alto número de desemprego, coloca em risco o trabalho de centenas de trabalhadores.
O Sindicato já está planejando protestos contra essa reestruturação e colocou o Departamento Jurídico da entidade à disposição de todos os bancários que estão mira desse ataque.