Revelando total paradoxo entre a relação funcionário e empresa, o lucro líquido ajustado dos principais bancos brasileiros, divulgados recentemente, revela um cenário de ganhos exorbitantes, em contrapartida, condições indignas de trabalho com cobranças abusivas por metas, demissões e assédio moral sobre os funcionários.
Exemplo disso é o Banco do Brasil que, segundo os números revelados, registrou um lucro líquido de R$ 9,44 bilhões no quarto trimestre de 2023, o que representou um aumento de 4,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Na comparação trimestral, o indicador subiu 7,5%. Segundo especialistas, o resultado ficou acima da expectativa.
Contudo, por trás desses números impressionantes, esconde-se uma realidade cruel, de exploração e, consequentemente, adoecimento dos trabalhadores. Não precisamos ir tão distante para associarmos diversos sofrimentos mentais e distúrbios psicológicos com o trabalho desempenhado pelos bancários, e que têm levado muitos funcionários ao limite da saúde física e mental.
O Banco do Brasil, assim como outras instituições financeiras, projeta um lucro ainda maior para 2024, com expectativa de alcançar entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões. O Itaú e o Santander também registraram lucros líquidos astronômicos, enquanto o Bradesco apresentou uma queda significativa em seu lucro líquido ajustado – devido ao aumento de provisionamento contra futuros calotes. No entanto, mesmo com essa queda, o Bradesco ainda acumulou um lucro de R$ 16,297 bilhões em 2023.
Enquanto isso, trabalhadores enfrentam condições de trabalho cada vez mais adversas, sofrendo com altos níveis de estresse, ansiedade e doenças relacionadas ao trabalho. De acordo com este cenário, se torna cada vez mais urgente unir forças para exigir melhores condições de trabalho e respeito aos direitos trabalhistas.
A Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) quer mudar essa realidade e trabalha para que situações como essas se tornem pública e de conhecimento de todo magistrado e sejam revertidas ou sanadas.