Nessa quarta-feira (10), o Banco do Brasil renomeou como caixas executivos (código 288) boa parte daqueles que perderam a função em fevereiro. (Como se sabe, o banco havia extinguido a função no mês passado.) Além das renomeações, o banco reajustou o contracheque desses trabalhadores que eram caixas mas que já haviam tomado posse em outros prefixos e em funções de proventos menores que os de caixas.

Por enquanto, apenas os caixas executivos das bases sindicais ligadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) é que conseguiram esse benefício. Isso porque somente a Contraf obteve, até agora, uma liminar impedindo a retirada da função.

Tradicionalmente, a base do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, costuma se beneficiar de decisões obtidas pela Contraf, mas, infelizmente, não foi assim desta vez.

Sendo assim, o Sindicato já está tomando as providências necessárias para se habilitar no processo da Contraf e, dessa forma, obter os benefícios para os caixas da região de Bauru.

Ações do Sindicato

Além disso, o Sindicato também tem sua própria ação em tramitação na Justiça, que foi ajuizada tão logo o BB anunciou a reestruturação. No momento, a entidade aguarda que o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) julgue seu o seu mandado de segurança, que foi impetrado quando o juízo de primeira instância negou o pedido de tutela de urgência.

Em situação semelhante encontra-se a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), que também ajuizou mandado de segurança após ter o seu pleito de liminar negado em primeira instância.

Já o Banco do Brasil está tentando reunir todos os processos, todos os mandados de segurança em tramitação, para que a Justiça dê uma resposta única à questão do fim da função de caixa executivo.

Conforme já havia anunciado, o Sindicato ainda vai ajuizar uma ação alternativa pleiteando a incorporação da gratificação para os caixas que exerceram a função por dez anos ou mais. Caso o BB consiga mesmo extinguir a função, os trabalhadores que atuaram por pelo menos uma década como caixa poderão conseguir manter o valor da gratificação.

PLR 

O BB informou na terça-feira (9) que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será creditada na sexta (12). No BB, a PLR é paga semestralmente, e os valores correspondem à soma do módulo Fenaban e do módulo BB.

Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa a ser definida pelo banco, para cada semestre.

Já o módulo BB é constituído de uma parcela que corresponde à divisão de 4% do lucro líquido do semestre entre todos os funcionários e de mais uma parcela que varia conforme cumprimento do Acordo de Trabalho (ATB) ou o Conexão.