O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse no final de janeiro que seu foco, agora, é vender fatias de subsidiárias do banco. A declaração foi dada durante um evento promovido pelo Credit Suisse.
Segundo uma reportagem publicada pela Folha de S.Paulo no dia 26 do mês passado, Pedro Guimarães “pretende vender um percentual de cinco áreas — seguridade, cartões, gestão de recursos (asset), loterias e banco digital”, sendo o banco digital “um ativo que a Caixa ainda pretende criar, reunindo o patrimônio formado a partir dos serviços prestados pelo aplicativo Caixa Tem e por milhões de contas criadas para o pagamento do auxílio emergencial”.
A Caixa Seguridade está no topo da lista de subsidiárias a serem lançadas na bolsa. Desde 2019 que o governo tenta abrir o capital da empresa. Já tentou duas vezes, mas acabou adiando o negócio ao avaliar as condições do mercado. “Agora, não existe mais dúvida”, disse Pedro Guimarães. De acordo com o Estadão Broadcast, duas fontes afirmam que a ideia é vender 30% da Caixa Seguridade entre março e o início de abril.
Fechamento de agências
No mesmo evento do Credit Suisse, o presidente da Caixa ainda disse que quer manter agências em todas as cidades com mais de 40 mil habitantes, e fechar unidades em locais “sem número suficiente de clientes”.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligado à FNOB, é justamente nas pequenas cidades que a população mais sente falta de um banco. A Caixa, como instituição pública, não deveria pensar na lucratividade de suas agências isoladamente, mas sim em seu papel social.
Assim como os funcionários do Banco do Brasil estão lutando contra a reestruturação, os empregados da Caixa devem estar preparados para lutar contra o fechamento de suas agências e contra o fatiamento do banco. Pedro Guimarães, Paulo Guedes e Bolsonaro, tirem as mãos das empresas públicas! Sucateamento e privatização, não!