Enquanto a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) insiste em não apresentar nenhuma proposta de reajuste salarial aos bancários, alegando que a lucratividade e rentabilidade das instituições estão em risco, os CEOs – diretores executivos ou presidentes – dos maiores bancos brasileiros recebem salários que variam entre R$ 1 milhão a perto de R$ 68 milhões.
Um levantamento, realizado em 2023, mostra os salários recebidos pelos CEOs dos maiores bancos listados na B3, a bolsa brasileira. Veja o ranking:
• Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, recebe remuneração de R$ 67.705.174,00;
• Mario Leão, CEO do Santander, recebe R$ 30.554.700,67;
• Marcelo Noronha, presidente do Bradesco, recebe R$ 26.455.440,00;
• Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, recebe R$ 2.400.000,00;
• Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, recebe R$ 1.598.364,31.
Os quatro maiores bancos brasileiros listados na B3 — Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander — alcançaram, no segundo trimestre de 2024, lucro total de R$ 26,8 bilhões. O resultado foi o maior lucro trimestral já registrado em valores nominais, superando o recorde anterior de R$ 26,1 bilhões, obtido no segundo trimestre de 2022. A média do lucro líquido entre 2010 e 2024 foi de aproximadamente R$ 15,78 bilhões.
Para a Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB), é absurdo que os banqueiros ofereçam apenas migalhas aos principais responsáveis por tamanha lucratividade.
Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú; Mario Leão, CEO do Santander; Marcelo Noronha, presidente do Bradesco; Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual; e Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil. Foto: Internet/Reprodução