O procurador Lucas Furtado, do Tribunal de Contas da União (TCU), pediu na quarta-feira (8), o afastamento dos presidentes da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro. O pedido foi encaminhado à presidente do órgão, Ana Arraes.
Justificando o pedido, Furtado argumenta que os presidentes da CEF e do BB teriam cometido abuso de poder no caso do manifesto assinado por diversas entidades, inclusive pela Federação dos Bancos Brasileiros (Febraban), pedindo alinhamento entre os três Poderes. Na ocasião, há denúncias de que Pedro Guimarães e Fausto Ribeiro ameaçaram sanções contra outras instituições que assinassem o documento (veja aqui).
“É clara afronta aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e afronta à Lei das Estatais”, afirmou o procurador.
Ainda de acordo com Furtado, a postura dos presidentes teria demonstrado “o motor das decisões tomadas na condução das instituições que dirigem possui forte viés político, em afronta ao esperado zelo pelo interesse público e não do governo de plantão”.
Guimarães e Flávio Bolsonaro
Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, participou do ato pró governo, que teve pautas antidemocráticas e causou aglomerações de bolsonaristas que não utilizavam máscaras de proteção, no dia 7, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Em uma foto publicada em suas redes sociais, Guimarães aparece abraçado à Flávio Bolsonaro, sorrindo, sem máscara de proteção, em cima de um trio elétrico, durante o ato.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, entidade ligada a FNOB, a decisão do procurador do TCU em pedir o afastamento dos presidentes da Caixa e do BB está correta, afinal, Guimarães e Ribeiro estão unidos à Jair Bolsonaro e só atuam em defesa desse desgoverno, enfraquecendo ainda mais os bancos públicos. Inaceitável!