A diretoria do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, ligada à FNOB, realizou um protesto em frente a principal agência do Santander no Centro de Bauru, contra as demissões sem justa causa que estão ocorrendo no banco, em plena pandemia do novo coronavírus.
Na semana passada, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região foi surpreendido pelo Santander, que efetuou, num espaço de quatro dias, sete demissões na base territorial da entidade.
No dia 6, uma terça-feira, as dispensas ocorreram numa agência de Avaré e na agência 3051, na rua Primeiro de Agosto, no Centro de Bauru. No dia seguinte, quarta-feira, as dispensas foram nas agências Centro (0004) e Select, em Bauru, e também nas agências dos municípios de Agudos e Duartina. Já no dia 9, uma bancária que trabalhava na agência da Primeiro de Agosto e que se encontrava afastada por motivo de doença, foi demitida por telefone.
Em meados de setembro, o banco espanhol já havia demitido um funcionário em Avaré e outro em Piraju.
Para o Sindicato, está bastante claro que o Santander já deu início a um processo de demissões em massa. Não há outra expressão para descrever o que está acontecendo.
De acordo com o sindicato de São Paulo, nesses quatro últimos meses, sem contar as demissões desta semana, o Santander desligou nada menos que 1.063 empregados! E tudo isso sem aviso, sem qualquer explicação, sem prestar nenhum esclarecimento ao movimento sindical.
Seguindo a nova convenção coletiva, o Sindicato oficiou a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Santander sobre os 16 empregados do banco que foram demitidos sem justa causa desde o início da pandemia. A entidade solicita abertura de negociação sobre as demissões do banco deixando claro que, se não obtiver retorno, irá demandar a questão coletivamente. Individualmente, já está ajuizando ações de reintegração.
O Santander entrou em contato com o Sindicato e irá agendar uma reunião sobre o caso na próxima semana. O Sindicato ressalta que se as demissões não pararem, irá realizar uma série de protestos e paralisações das agências.
É inaceitável que o Santander, um banco que obteve lucro líquido de R$ 6 bilhões no Brasil, entre janeiro e junho de 2020, demita em plena pandemia, funcionários que o ajudaram a conquistar esse lucro em um momento tão difícil.