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Quantidade de super-ricos cresce e bate recorde histórico em 2023

11/06/2024

Imagem ilustrativa. Foto: freepik.com

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Um estudo publicado neste mês pela consultora Capgemini revelou um recorde na quantidade de super-ricos ao redor do mundo em 2023, atingindo o maior patamar da série histórica. Além disso, apontou que o acúmulo da fortuna dessas pessoas nunca representou valor tão elevado, ultrapassando US$ 86,8 trilhões (equivalente a R$ 466 trilhões).

Na pesquisa World Wealth Report (WWR), são considerados “ricos” aqueles cujo capital disponível, sem considerar sua residência habitual, supera US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões). Em 2023, foram contabilizadas 22,8 milhões de pessoas nessa categoria, 5,1% a mais que em 2022. O número representa 0,29% da população mundial, estimada atualmente em 8 bilhões.

Ambos os índices são os mais altos já registrados desde 1997, quando a Capgemini começou a publicar anualmente o WWR.

Crescimento das Bolsas

De acordo com o estudo, a elevação das fortunas é consequência principalmente do crescimento das Bolsas de Valores de todo o mundo. Para se ter ideia, o índice norte-americano Nasdaq escalou 43% e o S&P 500 avançou 24% em 2023; o CAC 40, de Paris, subiu 16%; e o DAX, de Frankfurt, 20%.

Em 2022, por outro lado, o patrimônio dos mais ricos teve o recuo mais expressivo em dez anos, devido à queda das cotações. Mesmo assim, no ano seguinte, eles não só recuperaram os valores perdidos, como registraram o maior acúmulo de capital desde 1997.

Taxação de fortunas

Enquanto isso, foi observado um crescimento no nível de desigualdade social no mundo, o que tem motivado vários debates sobre como taxar grandes fortunas e fazer com que elas contribuam de maneira eficiente com a arrecadação de impostos dos países.

No G20, por exemplo, Brasil e França apontam a aplicação de um imposto mínimo mundial para os maiores patrimônios. A ação poderia render US$ 250 bilhões (R$ 1,32 trilhão) adicionais, caso os cerca de 3 mil bilionários do planeta pagassem ao menos o equivalente a 2% de sua fortuna em impostos sobre a renda.

Segundo dados do relatório da Oxfam lançado em janeiro de 2023 durante o Fórum Econômico Mundial, o 1% mais rico do mundo ficou com quase 2/3 (dois terços) de toda riqueza gerada desde 2020 – cerca de US$ 42 trilhões -, seis vezes mais dinheiro que 90% da população global (7 bilhões de pessoas) conseguiu no mesmo período.

E na última década, esse mesmo 1% ficou com cerca de metade de toda riqueza criada. Pela primeira vez em 30 anos, a riqueza extrema e a pobreza extrema cresceram simultaneamente.

Medida vital

A Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) entende que a taxação das fortunas de super-ricos é uma medida vital para ajudar a reduzir a imensa desigualdade social que existe não somente no Brasil, mas também no mundo. Isso porque a função do imposto seria de redistribuir a renda e, assim, promover maior equilíbrio na renda da população.

No Brasil, o sistema tributário atual é cruel com todas as faixas, mas, proporcionalmente, os mais pobres pagam mais do que os ricos. Então, é injusto que pouquíssimas pessoas concentrem tanto capital, enquanto outras milhões carecem de recursos para itens básicos como higiene, moradia e alimentação dignos.

Ascom/FNOB

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