O movimento sindical se reuniu com a direção do Bradesco no dia 1º de março para cobrar explicações sobre a reestruturação, planejada unilateralmente pelo banco e anunciada repentinamente no mês passado.
Os representantes dos trabalhadores ressaltaram que, em 2023, apesar dos lucros bilionários, os bancos fecharam mais de 6 mil postos de trabalho, gerando sobrecarga de trabalho aos empregados que permaneceram nas instituições. Nesse sentido, exigiram que o Bradesco não traga ainda mais prejuízos aos trabalhadores com a reestruturação, como novas demissões e fechamento de agências.
Contratação TI
Em fevereiro, Marcelo Noronha, presidente do banco, estipulou metas de digitalização, com a expectativa de levar 75% das transações feitas para a nuvem. Atualmente, cerca de 45% das transações do banco são feitas na nuvem. Segundo Noronha, para atingir essa meta, o Bradesco contratará cerca de 3 mil pessoas no setor de TI (Tecnologia da Informação).
Sobre essas contratações, o movimento sindical reivindicou que o banco contrate mais mulheres nessa área e que, antes de abrir o processo de contratação para o público em geral, dê oportunidade aos funcionários concorrerem às vagas. O Bradesco afirmou que já estuda essa possibilidade e, inclusive, citou exemplos que já ocorreram no ano passado, com um plano de estrutura e capacitação.
Para a FNOB (Frente Nacional de Oposição Bancária), o incentivo ao desenvolvimento de carreira é importante, mas é fundamental que o banco também assuma o compromisso de realizar novas contratações com foco nas agências e pare de demitir imotivadamente.