O Santander aceitou o pedido do movimento sindical de cessar durante 30 dias a cobrança de metas de funcionários que retornarem de afastamentos por doença, saúde ou licença-maternidade superiores a 180 dias. A suspensão consta na nova proposta de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Para a Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB), apesar de o tempo de suspensão ser considerado curto, a medida já tem grande valia. Os funcionários, ao retornarem de uma licença, precisam de um período adequado para se readaptarem à rotina e às demandas do trabalho. Essa necessidade se torna ainda mais evidente quando se considera que a pressão constante por metas aumenta o nível de estresse e afeta negativamente a saúde mental e física desses empregados.
Além disso, para a FNOB, mais importante do que suspender temporariamente as metas, é fundamental que o Santander pare de demitir seus trabalhadores.
Outras propostas
O Santander voltou atrás da proposta absurda de compensar o Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) com a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A isenção da coparticipação no plano de saúde para empregados com deficiência (PcDs), proposta na negociação anterior, está mantida.
Já em relação à reivindicação de uma proposta para o grupo de neurodivergentes – funcionários e filhos – não foi atendida. Além disso, o pedido de isenção de tarifas bancárias para os funcionários, além da ausência de propostas sobre linhas de crédito com taxas diferenciadas, também não foram acolhidos.
A redação final do ACT ainda não foi formalizada pelo banco, portanto, novas negociações estão previstas para ocorrer ao longo deste mês. Após a finalização das propostas, o acordo será deliberado em assembleias em todo o país.
Dentre todos os bancos, apenas o Santander ainda não finalizou a renovação do acordo, o que expõe o descaso do banco com seus trabalhadores.