O Santander registrou lucro líquido societário de R$ 4,103 bilhões no 2º trimestre, uma alta de 102,6% em comparação com o mesmo trimestre de 2020 (R$ 2,026 bilhões) e de 45,7% em relação ao primeiro trimestre desde ano (R$ 2,816 bilhões).
Já o lucro gerencial, que exclui fatores extraordinários, alcançou R$ 4,171 bilhões, alta de 8% em relação ao 2º trimestre do ano passado (R$ 3,862 bilhões) e de 5,4% em comparação com o 1º trimestre deste ano (R$ 3,955 bilhões).
As despesas líquidas com provisões para créditos de liquidação duvidosa somaram R$ 3,32 bilhões, tendo aumentado 5,2% em relação ao 1º trimestre e queda de 0,3% na comparação anual.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região (ligado à FNOB) ressalta que apesar do Santander registrar o maior lucro líquido da sua história, o banco continua fechando postos de trabalho e demitindo funcionários adoecidos sem justa causa, como por exemplo, uma bancária de Santa Cruz do Rio Pardo que estava em tratamento psiquiátrico (veja aqui).
Salto de quase 60% nos lucros do 2º trimestre
De acordo com uma reportagem divulgada pelo jornal Valor Econômico, “os grandes bancos de capital aberto devem mostrar um salto de quase 60% nos lucros do segundo trimestre”. Apesar da recuperação da economia ajudar nesse salto, o principal fator é “a base de comparação fraca, já que no mesmo período do ano passado os resultados foram reduzidos pelos bilhões de reais em provisões constituídas para lidar com a pandemia”.
A pesquisa realizada pelo jornal mostra que o Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil devem ter um lucro combinado de R$ 21,5 bilhões no segundo trimestre, uma alta anual de 59,9%, mas queda de 1,6% em relação ao primeiro trimestre.
Essa previsão, que já foi superada pelo Santander, que teve alta de 102,6% em comparação com o mesmo trimestre de 2020, reforça a afirmação do Sindicato: para os banqueiros, não há crise!